terça-feira, 28 de julho de 2009

No calar da noite...


Saíra do trabalho.
Caminha nesta imensa/minúscula cidade no caminho que sempre toma pra retornar ao seu lar, tentando contactar alguém com o pretexto de esclarecer dúvidas. Ela não precisa desse pretexto. Pelo menos esperava que não precisasse. Conversam, ou pelo menos tentam conversar, mas desistem e marcam encontro mais tarde. Enquanto isso, ele percorre seu caminho de sempre, olhando a paisagem de sempre, vendo (talvez) as pessoas de sempre. Até acha graça de uma criança brincando com sua bicicleta na praça, a faz lembrar de seus tempos de infância, seus joelhos sempre vermelhos melados de methiolate, de tanto aprontar no seu imenso quintal.
-A minha casa também terá um imenso quintal, pensa.
Volta a realidade. Já está em casa na companhia de sua irmã que insiste em chamá-la ao cinema. Porque não ir? Lá se vai ver o que não se pode ser visto.
Ao findar a sessão, festa na cidade, mas uma chuva fina, fria e chata teima em cair. Melhor ir pra casa, decide.
Meio atrasada, chega ao encontro marcado. Já haviam lhe falado: -Não se entregue demais, mas isso já não era mais obedecido. Coisas que a incomodavam precisavam ser ditas, para tentar pôr fim aquela angústia.
Ao deitar-se para repousar, um sonho estranho vem lhe pertubar. Sonha com amigos e pessoas que nem conhece ainda. Desculpas são pedidas neste sonho, e de repente acorda. O que poderia significar aquilo?
Mensagens chateadas chegam ao seu celular, mas nada pode ser feito.
Volta a dormir, torcendo para que este sonho não volte a pertubar.

Namasté.


;*

sábado, 25 de julho de 2009

Doce pecado

Sábado de tarde, filminho com minha irmã.
- Vamos comprar algo pra comer? - diz.
- Vamos! - concordo.
Enquanto nos perdemos diante das opções, avisto-o. Tenho evitado há algum tempo, mas hoje ele não me deixou escapar. De longe, do local onde se encontra, me olha com aquela carinha de "me escolhe", e eu não resisto. Chego junto.
Ele está tão corado, firme, numa cremosidade irresistível... É pessoal, caí no doce de leite. A um tempo que tenho evitado comer doces (meus 1,5kg que o diga) e decididamente, TV e comida não combinam. Ainda mais quando se mora perto me mercados, padarias, sorveterias.. Eu devorei um pote cheinho de doce de leite! Tá, tudo bem que minha mãe e minha irmã ajudaram na façanha, eu confesso que maior parte dela foi por minha conta.
Moral da história: Segunda eu volto pra dieta. (Oh vida, oh céus!)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Loucura


Acabo de ler um post de uma amiga que se intiluvava "louca?".

Não vou mentir que fiquei bastante curiosa pra saber o motivo por isso corri pra verificar seu conteúdo. Ao meu ver e até onde sei, ela é bem normal. Não sei o por quê que a chamaram de louca, mas com certeza quem o fez deve estar morrendo de vontade de estar no lugar dela.

A partir daí comecei a refletir sobre meus últimos planos: Natália Mendes, se inscreve num concurso em outro estado onde mal conhece as ruas e as pessoas (apesar de ter parentes la). Motivo? Quero minha independência, meu canto, minhas coisas... E com isso virão outros benefícios: Diploma federal, proximidade com a familia, proximidade com pessoas que gosto...

Não minto ao afirmar que o que mais me motivou nisso tudo foi o último quesito. Me chamam de louca por querer ir embora por causa de alguém, que deveria pensar em mim primeiro, daí insisto em repetir: Quero minha independência, meu canto, minhas coisas... E com isso virão outros benefícios: Diploma federal, proximidade com a familia... Quem disse que eu não tô pensando em mim? O que tenho a ganhar é muito maior do que tenho a perder!

E pra completar, depois que penso nisso tudo, minha irmã comenta uma coisa e canta ao findar seu comentário: "sonho que se sonha só é só um sonho, mas sonho que se sonha junto é realidade". Sendo assim, eu já tenho um pé em meu destino.


Namasté

;*


P.s.: Sou mais louca que você lálálálá.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Aguardem as tardes de sol a pino

"Me espera, amor
Que eu estou chegando
Depois do inverno
É a vida em cores
Espera, amor
Nossa temporada das flores"
[Temporada das flores - Leoni]


Cazuza diz:
"O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo, indo embora. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga idéia de paraíso que nos persegue bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não dói."


Sempre fui em busca do que eu quis, e dessa vez não será diferente.

Ass.: a moça que recicla palavras.

[carência mode off]

sábado, 18 de julho de 2009

Sobre insatisfações, cobranças e buscas


Hoje vou postar no meu blog, pensei.
Sentei-me em frente ao computador, entrei no blog. Visitei blogs vizinhos. A inspiração não chegava. O que postar? Sinto um imenso vazio no peito e eu sei porque é. Gosto de reciprocidade, sempre gostei. Não tô falando no âmbito de um relacionamento amoroso, se bem que este pode ter uma visão ampla, mas quando citamos este termo a primeira coisa que vem à mente é paqueranamoradomarido. Não tô aqui pra falar disso. Comportamentos vêm me deixado insatisfeita. Terminam por cobrar demais da minha pessoa, mas não o sabem reconhecer. Não sou nenhum cachorrinho adestrado que espera biscoitinhos como recompensa depois de fazer o que o dono mandou. Não espero recompensa, apenas reconhecimento. Cada dia vejo que já passou da hora de rasgar minha pele para que as minhas asas saiam e eu consiga voar, ir em busca de minhas aspirações, mas minha razão (sim quando estou assim, digamos, 'normal' sou bem mais razão que emoção) não deixa.
Estou cansada das mesmas pessoas, das mesmas formas de pensamento, das mesmas ruas, praças, mas não da mesma casa. Talvez da mesma bagunça, porque essa reforma parece que nunca vai acabar. Eu preciso urgentemente de uma coisa que infelizmente só ocorrerá em algum tempo. Ou felizmente, porque apesar de tardar não falhará.
Cheguei na academia essa semana pra treinar boxe e a maioria do pessoal perguntou o que se passava. Sabe, aquela 'garota de ouro' que meu treinador me chama, adormeceu essa semana e os socos que sairam dos meus braços, às vezes fortes, às vezes fracos queriam nocautear esse sentimento que insiste em me acompanhar.
Eu sei que este mundo nos apresenta inúmeras provas para que possamos superá-las e com isso sermos recompensados, mas depois de tanto aconselhar os outros e ajudá-los nessas horas eu me pergunto: Oh, e agora, quem poderá me ajudar? Chapollin Colorado não apareceu na minha frente pra arrumar uma forma desajeitada de me ajudar ou pelo menos alegrar. Eu adoro ajudar as pessoas e não reclamo e adoro quando elas me procuram pra isso.
Eu quero que toda essa tristeza passe, e que se encha de alegria esse pobre coração, da mesma forma que ele sempre foi, apesar de todos os altos e baixos.
Eu não sei definir isso. Só quero um pouco de colo e cafuné.

Namasté


;*


"Vim gastando meus sapatos,
me livrando de alguns pesos,
perdoando meus enganos,
desfazendo minhas malas...
Talvez assim chegar mais perto."
[Ana Carolina ]

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A fuga

Era uma garota de 15 anos, e estava descobrindo o mundo. Seus pais muito conservadores, não deixavam que ela saisse com seu namorado, que era 10 anos mais velho que ela. E ela não aceitava isso! Queria cada vez mais estar próxima a ele, conhecer aquele mundo que ainda era misterioso...
Decidiu: hoje eu vou pra festa. Ligou para o namorado, combinou o horário e chamou uma cúmplice, sua irmã. Sairam pela porta lateral da casa (que por sinal fazia muito barulho), entraram no carro e seguiram.
Bebeu, dançou e tomou seu primeiro porre. Sua irmã só observava preocupada, até a hora de voltarem pra casa. Chegando lá, entram pela mesma porta lateral, e sua irmã sai em disparada e se tranca no quarto. Quando termina de fechar a porta, achando que a noite tinha terminado em paz, ouve passos, diferentes dos de sua irmã. Ela caminha até a mesa da cozinha e vê um vulto - seu pai estava na porta da cozinha, entrando.
O que fazer? Pensou rápido e se abaixou na mesa. Cada passo que ele dava aproximando-se da mesa, era um passo que ela dava em direção à porta que dava em direção ao seu quarto, até o momento que ele se aproxima da luz e a acende, mas não vê nada, ela já havia saido dalí.
Aliviada, troca de roupa e deita em sua cama. Sua primeira aventura! E como foi boa! Precisava fazer aquilo mais vezes - pensou.

Namasté

;*

sábado, 11 de julho de 2009

Para uma amiga.

"Criamos continuamente possibilidades em torno de nós, mas nos surpreendemos quando elas acontecem. Vigie bem suas idéias e observe como elas criam sua vida. Se alguém pensa que é um fracasso, que não vai fazer nada na vida... Realmente, essa pessoa não irá fazer nada porque sua idéia está criando essa realidade! Quanto mais ela achar que não, Cria-se um círculo vicioso! Quem pensa que vai ter sucesso, é bem-sucedido. Experimente e você ficará admirado; algumas vezes, nem vai acreditar. Se um homem pensa que jamais encontrará um amigo, ele não encontrará. Ergueu em torno de si a muralha da China. Não está disponível e pronto! Ele precisa provar que sua idéia está certa e... Mesmo que alguém se aproxime com grande cordialidade, será rejeitado porque ele precisa provar sua idéia; está muito comprometido com ela! E pouco a pouco todos se tornarão seus inimigos. Por isso, observe bem o que pensa e o que deseja... Observe a sua mente. Você está constantemente criando o que vai colher da sua vida... Quer chova ou faça sol. Se é assim, melhor que faça sol, não é mesmo? "

Osho

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Confissões

Eu sou uma moça estudiosa.
Eu não vou pra lugar nenhum esse fim de semana por que sou uma moça estudiosa.
Eu não gosto de farra, por isso não vou a lugar nenhum esse final de semana porque sou uma moça estudiosa.

A quem eu quero enganar? [emotion de tédio] Só se estiver me enganando.
Mas em partes. Voltei a estudar pra concurso e próxima semana irei assistir umas aulas em uns cursinhos pra concurso aqui em Itabuna's city.

Sendo sincera (como sempre fui). Depois dos últimos acontecimentos me senti mais motivada a ir em busca desse objetivo, só que assim que reiniciei minha tragetória, percebi que isso já estava associado a minha pessoa. Para os que não entenderam: eu gosto de estudar. Mas tenho preguiça. Na verdade não é só preguiça, mas existe um fator nisso tudo que contribui: sempre que estou em casa e inicio algum estudo minha mãe atrapalha. Não estou culpando-a de nada, sei que ela fica enfurnada dentro de casa e não sai e as pans, mas quando ela me vê em casa quietinha vem arrumar assunto. Mas isso pra mim não é problema, só quando estou fazendo alguma coisa importante. Confesso, é desculpa. Mas não vem ao caso.
Na biblioteca da FTC, onde tudo é lindo, limpo e arrumado, aquelas pessoas estudando numa concentração contagiante me sinto à vontade de estudar e gerar resultados. Nesse momento do dia me sinto útil, pelo menos pra mim mesma. O que eu quero dizer com isso tudo é que as vezes precisamos de um empurrãozinho pra iniciarmos algo. E com isso realizarei muitos sonhos de uma só vez, não sei se todos vão dar certo, mas é arriscando que a gente comprova essas coisas.
Além do mais, eu sou uma pessoa sortuda. Tenho sorte de ter a família que tenho, o trabalho que tenho, os amigos que tenho, enfim, tudo mesmo e essa sorte me acoimpanhará nessa trajetória. E quanto ao resto a gente correr atrás (e é isso que eu tô fazendo=D).

Mas mudando de assunto...
Hoje enquanto estava arrumando as coisas aqui na empresa pra mudarmos e ouvindo Michael Jackson, lembranças me invadem a memória e me fazem sentir uma coisa de uma forma que nunca havia sentido. É meu povo, eu tô com saudades. Antigamente minha saudades era relacionada com sofrimento, e chorava pra me acabar. Dessa vez não. É bom e ao mesmo tempo ruim. Um misto de sensações indecifrável, pelo menos pra mim. É nessas horas que penso: ainda bem que eu não tenho dinheiro, porque ousadia eu tenho de sobra! Pense ai, se eu tivesse? Eu largava tudo e ia correndo matar essa saudade. Porque como meus amigos me chamaram depois dos ultimos acontecimentos, eu sou louca. Mas eu acho que de louco todo mundo tem um pouco.

Namasté.

;*

p.s.: Talvez seja um defeito irremediável esse meu de expressar meus sentimentos, mas é inevitável.
Enquanto isso, esculto Los Hermanos (adoro mas eu adoro desde antes dos últimos acontecimentos =D).

"Moço, olha só o que eu te escrevi
É preciso força pra sonhar e perceber
que a estrada vai além do que se vê"
[Além do que se vê - Los Hermanos, versão adaptada]

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Sonho de inverno

Chegou amendrontada. O que estava fazendo naquela cidade onde não conhecia nada nem ninguém? Mas já estava ali e não dava pra voltar atrás. Mais a frente no banco de espera da rodoviária ele se encontrava lendo uma revista, ela já o avistara de dentro do ônibus e ele de onde se encontrava mas fingiram não ver. Após pegar suas malas, meio sem jeito, vai em direção à porta e ele ao encontro dela. Se abraçam num abraço demorado e acolhedor, desejando ela que aquilo se eternizasse.

No caminho pra casa eles conversam ainda tímidos, mas parecia que já se conheciam há anos, e o primeiro beijo só acontece horas depois. Nada como primeiro beijo, pensou. Sentia os lábios macios passar-lhes delicadamente sob os seus, a língua úmida a adentrar em sua boca, a mãos delicadas e ao mesmo tempo firmes envolta de sua cintura. Era a prova do improvável.

Revivia um sonho, tudo lhe parecia familiar: a companhia, o local. De alguma forma já havia percorrido os cômodos do apartamento, as ruas, já conhecia os amigos. Coisa difícil de explicar essa.

Fizeram promessas, trocaram confidências. Aquele momento fora eternizado na memória, em cada terminação nervosa de seus corpos, cada gota de suor que ali se derramara. Infelizmente aquele momento teria que acabar, a vida seguia seu fluxo e ela precisava voltar pra casa. Mas esse sonho deixou saudades e um desejo imenso de que tudo aquilo se repetisse.

"Até parece que você já tinha
O meu manual de instruções
Porque você decifra os meus sonhos
Porque você sabe o que eu gosto
E porque quando você me abraça
O mundo gira devagar"
[Equalize - Pitty]